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Recital piano José Pedro Ribeiro • Talentos Emergentes
Oct
14
7:30 PM19:30

Recital piano José Pedro Ribeiro • Talentos Emergentes

Pierre Boulez: 12 Notações
Hugo Ribeiro: Gestos V
Carlos Marecos: Terras por de Trás dos Montes
Fernando Lopes-Graça: Sonata nº3

Este recital conta com quatro obras de quatro compositores: Pierre Boulez, Hugo Ribeiro, Carlos Marecos e Fernando Lopes-Graça.

A primeira obra da noite será as “Douze Notations” (1945) de Pierre Boulez. A forma, macro e micro, desta obra é muito compacta e económica. A ideia é a de apresentar 12 peças, cada uma com 12 compassos seguindo o sistema de 12 tons. Apesar de ser bastante estrito, esta obra oferece momentos de profunda beleza.
Depois de França, passamos para Portugal, onde nos manteremos durante o resto do programa.
A obra musical que vem logo de seguida é “Gestos V: Capítulo II” de Hugo Ribeiro. Composta em 2019, trata-se um conjunto de 35 pequenas peças, cujo intuito é o de apresentar, sem desenvolvimentos, uma série de gestos musicais, ou, como indica o próprio compositor, ‘Fotografias Sonoras’.

A penúltima obra do recital trata-se de “terras por detrás dos montes” de Carlos Marecos e é dividida em quatro andamentos – “Paul”, “Reguengos”, “Miranda” e “Paradela”. Trata-se de uma obra onde a especulação harmónica, melódica e tímbrica é recorrente e onde o piano, enquanto instrumento, por vezes, é usado de forma menos tradicional. No último andamento, uma parte significativa da música que se ouve provém de pizzicati melódicos e cordas abafadas, juntamente com intervenções em acordes, no teclado.

A fechar a noite, a “3.ª Sonata” de Fernando Lopes-Graça. A sonata, dividida em três andamentos, tendo sido escrita em 1952, a versão habitual é a de 1959. Esta obra musical, cheia de vitalidade, foi dedicada à pianista francesa Hélène Boschi e é, seguramente, uma das obras mais representativas da música para piano do século XX português.

José Pedro Ribeiro piano

José Pedro Ribeiro é natural de Vizela, iniciou os seus estudos musicais na sua cidade natal. Mais tarde, de 2012 a 2015, estudou em Guimarães com Ingrid Sotolarova que vem de uma linhagem que ascende ao grande pedagogo russo Heinrich Neuhaus. Mais tarde, no Porto, teve uma breve convivência com Madalena Soveral que fora, por sua vez, aluna da pianista francesa Reine Gianoli (aluna de Cortot). Até 2019, José Pedro Ribeiro, foi aluno do pianista Miguel Henriques, um discípulo de Gleb Axelrod, do Conservatório de Moscovo.

José Pedro Ribeiro (n.1995) é um dos mais requisitados pianistas Portugueses da sua geração. Alguns pontos altos da temporada 2021/2022 incluíram um concerto radiodifundido, a partir do Grande Auditório daFundação Calouste Gulbenkian, interpretando o Concerto para Piano e Instrumentos de Sopro de Igor Stravinsky e uma tournée pela República Checa onde tocou em Brno, Blansko e Praga, tendo sido calorosamente recebido.

 É uma presença continua na cena musical Portuguesa, sendo alguns dos pontos a salientar, uma performance do Triplo Concerto de Beethoven (com o Trio Adamastor) e a Sinfonietta de Lisboa, sob a batuta de Vasco Azevedo.

Para além de Concertos, José Ribeiro fez também recitais de Música de Câmara (primordialmente com o Trio Adamastor) na Fundação Calouste Gulbenkian, Casa da Música, Centro Cultural de Cascais, entre outros, variadíssimos recitais a solo em diversos festivais, tais como o Festival Internacional de Música da Póvoa de Varzim e o Festival do Estoril, assim como muitas transmissões de concertos e recitais pela radiodifusão (Antena 2) e televisão (RTP).

Presentemente, é aconselhado por Artur Pizarro, herdeiro de uma linhagem musical verdadeiramente excecional que ascende a Liszt e Bülow.

BILHETEIRA

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Non Percussive Data • Cristiano Rios • Talentos Emergentes
Sep
20
7:30 PM19:30

Non Percussive Data • Cristiano Rios • Talentos Emergentes

O espectáculo Non-Percussive Data pretende (des)incorporar a estética virtual e as suas premissas de consumo digital. Apresenta-se assim como uma performance inestética que não pretende atingir o sublime da arte mas, talvez pelo contrário, procurar a beleza na estranha simbiose entre a carne e o virtual, o digital e a voz.

Performer: Cristiano Rios
Vídeo Trigg: Teresa Jesus

Gooey plastic study #1 (2021) - Cristiano Rios (ca. 6 min)
Song Nr. 3 (2010) - Cathy van Eck  - 7 min
(Neo)Liberal Systems #4 - “Entertainment”  (2021) - Alberto Bernal - 8 min
Gooey plastic study #2 (2021) - Cristiano Rios (ca. 5 min)
OST & HOC (2018) - Óscar Escudero & Belenish Moreno Gil  - 20 min

FOLHA DE SALA

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Touchez  - Tenney, Cage, Pisaro • TALENTOS EMERGENTES
Sep
15
7:30 PM19:30

Touchez - Tenney, Cage, Pisaro • TALENTOS EMERGENTES

PROGRAMA CONCERTO

Having Never Written a Note for Percussion [1971] de James Tenney

Escrita para John Bergamo, é a décima peça da sua coleção Postal Pieces. Estas peças foram escritas entre 1965 e 1971 em formato de postal, dedicados a amigos e colegas de Tenney.

But what about the noise of crumpling paper which he used to do in order to paint the series of “Papiers Froisses” or tearing up paper to make “Papier Dechires?” Arp was stimulated by water (sea, lake, and flowing water like rivers), forests. [1985] de John Cage

Ainda que a dedicatória seja às Percussions de Strasbourg, esta peça foi escrita como celebração do trabalho de Jean Arp, escultor e pintor que inspirou Cage durante o período de composição da mesma. O título, escrito pela diretora da Arp Foundation, é retirado da vasta correspondência trocada com Cage, relativa ao projeto de criação.

A discrete reconciliation between balance and flux [2011] de Michael Pisaro

Compositor central no trabalho do coletivo Wandelweiser, é conhecido por peças longas com períodos de silêncio, gravações de campo, eletrónica com ruído branco e ondas sinusoidais e improvisação. Esta peça contém todos estes elementos e é acrescentada uma ideia de movimento, tendo cada um dos performers que percorrer um caminho, por onde encontra os seus instrumentos, organizados segundo parâmetros indicados pelo compositor.


Touchez
Paulo Amendoeira - percussão
João Calado - percussão
João Brito - percussão

FOLHA DE SALA

touchez

touchez é uma tentativa de responder à crise de identidade que assola os percussionistas modernos. Esta vasta família de instrumentos evoluiu para se tornar um laboratório de diferentes perspectivas e estéticas transdisciplinares através da adição de dispositivos eletrónicos, o aparecimento da consciência de corpo no palco do ‘Percussion Theater’ ou o próprio corpo usado como instrumento.

A execução de obras da tradição experimental de John Cage, levou o trio a apresentar e pesquisar a música dos compositores Wandelweiser, como Michael Pisaro ou Jurg Frey, ou mesmo outros compositores que participaram ativamente na expansão do repertório para percussão, como Vinko Globokar, Iannis Xenakis ou Michael Maierhof.

touchez nasceu em 2017/2018 por João Brito, João Calado e Paulo Amendoeira, em Lisboa, na Metropolitana, onde estudaram.

JOÃO BRITO Iniciou os seus estudos em percussão, na Canto Firme de Tomar, com Hugo Ribeiro. Ingressou na classe de percussão da Escola Profissional Metropolitana. Em 2019 começou a estudar no Royal Conservatoire The Hague. Trabalha regularmente com ensembles de música contemporânea como Slagwerk Den Haag, Sound Wave collective, Ebony ensemble, entre outros. É membro fundador de touchez.

JOÃO CALADO Após ter iniciado os seus estudos em Reguengos de Monsaraz, ingressou na classe de percussão da Metropolitana em 2015. Em 2018 continuou os seus estudos na Escola Superior de Música de Lisboa e em 2021 é aceite na University of the Arts Bern. Atualmente reside na Suíça onde se dedica à música contemporânea. Colaborou com ensembles como Ensemble Vertigo, Eklekto, Ensemble MPMP, Percussões da Metropolitana e Ensemble do programa Jovens Compositores (EVC). É membro fundador de touchez.

PAULO AMENDOEIRA Percussionista dedicado à música contemporânea estabelecido em Lisboa. Está interessado em promover nova música e criação sonora, explorando novos formatos de concerto e incluindo a improvisação livre, a electrónica e novos meios multimédia ao seu universo estético. Tocou em festivais como Out.Fest, Festival Jovens Músicos, ManiFeste (IRCAM), Time of Music, Gaudeamus ou Warsaw Autumn. Colaborou com ensembles como Academia do Sond'Ar-Te Electric Ensemble, Master Course epoche f (Ensemble Modern), Ensemble do programa Jovens Compositores (EVC), MerakTrio, Percussões da Metropolitana, e desenvolveu um espetáculo multidisciplinar para crianças no Centro Cultural de Belém/Fábrica das Artes e Sete Lágrimas.  Os seus principais projectos são ASTRUS Duo (1º lugar música de câmara nível médio Prémio Jovens Músicos/Antena 2), touchez e |klang.data|. É membro do Capdeville Ensemble e do Ulysses Percussion Ensemble 2022. Estuda, desde 2020, na Escola Superior de Música de Lisboa com o professor Pedro Carneiro.


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AD HOMINEM motivational multimedia solo performance •  João Carlos Pinto
Apr
14
7:30 PM19:30

AD HOMINEM motivational multimedia solo performance • João Carlos Pinto

14 de Abril 2022 | 19H30 O’culto da Ajuda

TALENTOS EMERGENTES

O aparelho de interface em AD HOMINEM simula um organismo todo conectado, singular e 'senciente', tendo um performer humano, em palco, ligado a todos os seus 'eu' digitais (som, luz e vídeo) através de sensores de movimento (anexados ao seu corpo), discos piezos dispostos pelos objetos de cena e uma realidade virtual paralela (apenas disponível para o performer).

A narrativa da obra evolui de forma estocástica, materiais pré-compostos são manipulados em tempo-real tanto pelo humano em palco como por um oráculo de inteligência artificial (IA). Toda a peça foi uma co-criação entre João Carlos Pinto e uma série de redes neuronais artificiais (RNAs).

Sob a forma de performance motivacional, esta é uma procura pelo núcleo, pelo elixir da vida – confrontando a vida pessoal do performer com toda a sua realidade envolvente (aos olhos de um algoritmo). 

AD HOMINEM é uma purga pessoal em forma de ritual comunitário.

FICHA ARTÍSTICA

Conceito e direção artística – MESSIAS, João Carlos Pinto

Performer – João Carlos Pinto

Convidados especiais (discípulos) – Diogo Ferreira, Sara Marita, Paulo Amendoeira, Miguel Curado

Técnico de som – Rodrigo Constanzo

Design e técnico de luz – João Pedro Fonseca

Música, design sonoro e vídeo – João Carlos Pinto

Programação da interface digital – Rodrigo Constanzo

Design de cena – João Pedro Fonseca, João Carlos Pinto

Libreto – MESSIAS, João Carlos Pinto

Ajuda e inspiração para o texto – Filipe Louro

Base de dados para gerar texto por IA – Miiverse, Inspirobot, Youtube, Reddit, Twitter, Facebook, Instagram, Tinder

Criadores de diverso material aleatório – Diogo Ferreira, Sara Marita, Pedro Melo Alves, José Diogo Martins

Co-produção – António Fernandes

Gestão do projeto – Interferência

Documentação – Marianne Harlé

Agradecimento especial a todxs aquelxs que influenciaram / inspiraram a obra – Alexander Schubert, Aquele Sem Abrigo com quem eu falei uma vez, Beatriz Picas Magalhães, Bruna Maia de Moura, Carlos Caires,  Carlos Pinto, Carolina Picas Magalhães, Catarina Luís, Comunidade de Terra Planistas, Diana Ferreira, Diogo Alexandre, Diogo Ferreira, Diogo Oliveira, Dona Alcinda, Dona Carmo, Eleonor Picas, Fábio Pinto, Filipe Louro, Francisco Cipriano, Helena Pinto, Inês Madeira Lopes, Jaime Reis, Jesus Cristo, João Baião, João Miguel Braga Simões, João Tiago Magalhães, José Diogo Martins, José Figueiras, Larissa Taveira, Lelo, Leonor Cunha, Mariana Tiago, Mariana Vieira, Miguel Curado, Noeli Kikuchi, Olinda Marinheiro, Paulo Amendoeira, Pedro Branco, Pedro Lima, Pedro Melo Alves, Quim Barreiros, Rui Pedro Braga Simões, Sara Marita, Sr. Santos, Sónia Vilaça, Teresa Braga Simões, Tobias Pfeil, Tomás Alvarenga, Tomás Moital, Trufa

DISCLAIMER
Este espetáculo irá usar luzes estroboscópicas e máquina de fumo.Este espetáculo contém nudez e linguagem que alguns espectadores podem encontrar como imprópria.Esta é uma obra de ficção, qualquer nome real ou semelhante de pessoas, factos ou situações da vida real terá sido mera coincidência e se utilizou somente para fins cómicos e de paródia.


Com o apoio de República Portuguesa – Cultura / Direcção Geral das Artes, Interferência, O’culto da Ajuda, Miso Music Portugal, MIC.pt, Antena 2, gnration, Arte no Tempo, Ermo do Caos, Escola Superior de Música de Lisboa e Merge – The Social Magazine, Zabra, Água Ardente

Sem o apoio de eu próprio, dos meus inimigos, e de 99.98% da população da Terra que são as pessoas que ainda não foram para a cama comigo


NOTAS DE PROGRAMA

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TALENTOS EMERGENTES • Francisco Cipriano • SIMULATION 1
Jan
22
7:30 PM19:30

TALENTOS EMERGENTES • Francisco Cipriano • SIMULATION 1

SIMULATION 1
para percussão solo, luz e electrónica.

A peça transforma a sala num instrumento em si mesma, que é manipulada e tocada de várias formas pelo performer dentro do cenário.

Criação artística
Francisco Cipriano
Tobias Pfeil

Intérprete
Francisco Cipriano

Composição
Tobias Pfeil

Luz/electrónica/animação 3D
Tobias Pfeil

AVISO: ESTA PERFORMANCE PODE POTENCIAR CONVULSÕES PARA PESSOAS COM EPILEPSIA FOTOSSENSITIVA E/OU GRÁVIDAS, INFORMAÇÃO SUJEITA AO CRITÉRIO DO EVENTUAL ESPECTADOR.

 
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